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LETRAS TAQUARENSES 48 MAIO DE 2013 * Antonio Cabral Filho
LETRAS TAQUARENSES 48 trás nesta edição 28 autores nacionais, contemplando a poesia em todas as suas formas poéticas. Você pode conhecer muito mais, acessando o http://letrastaquarenses.blogspot.com.br e visitando a página Galeria Letras Taquarenses, onde estão sendo reeditadas todas as edições do Letras Taquarenses.
VER…SO CURTO & GROSSO # Poemas Piadas * Antonio Cabral Filho
FALSO DIÁLOGO COM FERREIRA GULLAR
Gullar – ” Eu, como poeta,
preciso da língua
para violentá-la !”
Cabral – Eu como poeta,
prefiro violentar
com a língua.
*
CONTO DO VIGÁRIO
Era uma vez
são apenas três palavras,
mas tome cuidado
que todo conto do vigário
começa com “Era uma vez…”
*
KATIA PLENA
Flutuar na aula de química
com a cabeça cheia
de compostos poéticos
não produz nenhuma solução.
*
OBTUÁRIO
João Cabral
a “palo
seco”
foi
s
e
sem
ninguém
molhar o bico.
*
SABONETE LUX
Depois que o Lux
enlouqueceu as estrelas,
o firmamento ficou
muito mais celestial.
*
MILITÂNCIA
Os meus sonhos de 68
acabaram em 69
nas areias de Ipanema
com uma loura bem suada.
*OBSERVAÇÃO
Não posso postar aqui o livro todo, mas gostaria que os meus caros amigos visitassem-no em blogdopoetacabral.blogspot.com.br e curtissem a beleza que encantou Paulo Leminski, José Paulo Paes, Oswald de Andrade etc, enquanto forma poética libertária.
EGRESSO DE PASÁRGADA * Antonio Cabral Filho
Pra quem quer ir pra Pasárgada
por ser amigo do rei
e ter a mulher que quer
só pra se sentir feliz
levar a vida em aventuras
fazer ginástica
andar de bicicleta
montar em burro brabo
subir em pau-de-sebo
tomar banho de mar
deitar à beira do rio
e mandar vir a Mãe D’água
pra lhe contar “estórias”
que nos tempos de menino
a empregadinha lhe contava,
tem mesmo que ser Mané !
Pra quem quer ter tudo isso
em outra civilização
e ainda procura um jeito seguro
de impedir a concepção
com telefone celular
jetski à vontade
e mulherzinhas de aluguel
pra se abusar a bel-prazer,
não tem mesmo é Bandeira.
E quando se sente bem triste
triste a ponto de morrer
e lá no fundo da noite
deseja se suicidar
e súbito se sente salvo
por ser amigo do rei
ter as mulheres que quer
nas camas que bem entender,
não tem Pasárgada que agüente:
Vai direto mesmo é pro D’aime !!
* Obs.: Egresso de Pasárgada, está publicado no livro POETAS 10engaVETADOS, coletânea que publiquei em companhia de mais nove poetas em 1997.